segunda-feira, 2 de abril de 2012

Johann Wolfgang von Goethe

Johann Goethe

Johann Wolfgang von Goethe, nasceu no dia 28 de Agosto de 1749, em Frankfurt.

Herdou do seu pai, o gosto pelas pesquisas e pelas coleções. Aos 16 anos inicia seus estudos, estudou Belas Artes, Latim, Grego, Francês, Italiano; além destes fez outros cursos, nomeadamente, medicina, botânica e geologia.

Quando completou 19 anos, regressou à Frankfurt, esgotado pela vida agitada que levava. Aproveitou o descanso obrigatório para ler Shakespeare, estudar Alquimia, Cabala e as obras de Paracelso. Não foi necessário muito tempo para a sua recuperação. Viajou para Estrasburgo para aí, formar-se em advocacia.

Em 1775 o Príncipe Carlos Augusté, chama Weimar para este ocupar altos cargos públicos, onde ficou até 1783 e depois regressa a Frankfurt. Aí, escreve um romance, publica um drama, faz grande sucesso, tornando-se um dos precursores do romantismo nascente. Compôs inúmeros poemas de inspiração maçônica.

Em Setembro de 1786 vai para a Itália ficando lá até 1788, onde resolveu abandonar as Artes Plásticas, para dedicar parte substancial do seu tempo à poesia. Na Itália teve a revelação do mundo clássico, lá, cultivou as Ciências Físicas e Naturais.

Ao regressar a sua terra natal, abandonou os cargos oficiais, conhece a sua amante Cristiane Vulpius, uma jovem de 23 anos, que em 1789 lhe dá o único filho: Augusto. O casamento de ambos só acontece em 19 de Outubro de 1806.

No 1808, dedica-se ao estudo das cores, da morfologia das plantas, da mineralogia. Novas notícias acerca dele só em 1816, quando ficou viúvo. O filho falece em Outubro de 1830, com cerca de 41 anos de idade.

Algumas das suas obras declaravam a sua fé na Astrologia e nas suas obras vemos várias dúvidas filosóficas da época. Deu inicio a um novo método de aproximar o homem com a natureza, numa concepção do mundo expressa na fusão da intuição com o pensamento. Toda a sua obra evidencia uma busca incessante da sabedoria, em busca do conhecimento da suprema verdade. Seus trabalhos sobre: Física, Biologia e Fisiologia possuem grande importância científica.

JOHANN WOLFANG VON GOETHE escreveu Poesia, Drama, Novela, Filosofia e Ciências. Eis alguns dos mais importantes escritos:

- Samtliche Werke In Chronologischer Folge, 45 Vols.;
- Metamorfose das Plantas (1790);
- Contribuição para a Ótica (1791);
- Da teoria das Cores (1810);
- Metamorfose dos Animais (1820).

                                                                            Nicolly Reis

Os sofrimentos do Jovem Werther


Um dos primeiros livros de Goethe, provavelmente de caráter autobiográfico , pois se trata da reprodução de cartas que o Jovem Werther teria escrito ao narrador por muito tempo. A obra, narrada na primeira pessoa, com economia de personagens, tem em suas notas de rodapé a indicação de que nomes e locais foram substituídos por dados fictícios, o que contribui para que se acredite na transposição das emoções e sofrimentos do próprio autor para as páginas deste livro, apenas com algumas modificações, principalmente no final. Goethe, como Werther, também fora vítima de um amor não correspondido; sentira-se igualmente dominado por emoções incontroláveis e avassaladoras; mas o escritor, ao contrário de seu alterego, não opta pelo suicídio. O personagem, vencido pela força de seus sentimentos por Charlotte que, insensível às suas emoções, se casa com Alberto, sucumbe e, pedindo à própria amada que lhe forneça as armas do marido, atira em sua própria cabeça, buscando assim o fim de seus sofrimentos.
A narrativa de Goethe é tão intensa que, na época, muitos suicídios juvenis ocorreram por todo o continente europeu, levando alguns governantes a tentarem até mesmo censurar a leitura deste livro. Werther se tortura por não esquecer Charlotte, mesmo depois de seu matrimônio. Ele tenta viver em outro local, mas nem a distância lhe traz o esquecimento. Por outro lado, seu rival nutre intenso ciúme dele, o que o perturba ainda mais, pois sente que está provocando constrangimentos ao casal. O jovem decide então se afastar definitivamente.
A descrição do último encontro de ambos é pungente. Ele declama em alta voz os Cantos de Ossain para sua Charlotte. Os dois se emocionam e se beijam, mas ela o rejeita e exige que ele desapareça de sua vida. Werther vai embora consciente de que é correspondido, mas também ciente de que não há esperança para eles.
É neste momento que ele decide caminhar pelas veredas da morte. Com este gesto o autor revela toda a intensidade, eventualmente destrutiva, do amor propagado pelo Romantismo, com suas opções por uma válvula de escape, muitas vezes representada pela morte voluntária.
Além de Werther, Charlotte e Alberto, o enredo abriga em sua trama o editor, que teria ordenado as cartas do jovem suicida; e Guilhermine, amigo do protagonista, para quem as epístolas eram normalmente enviadas.
Goethe pôde, então, através desta obra, extravasar seus próprios sofrimentos, as condições de sua alma, expressando os tormentos que afetavam o seu emocional. Assim ele prende  seus sentimentos, libertando-se deles por meio da expressão artística.
                                       Nicolly Reis

Sagarana de João Guimarães Rosa


Sagarana promove uma total renovação do regionalismo brasileiro. Guimarães Rosa trás uma complexidade maior para essa representação regional. Ele vai mais além, unindo o idioma brasileiro com o da europa, o que pode ser visto no próprio titulo da obra, Sagarana, que vem de "SAGA", radical de origem germânica, que significa “canto heróico”, e "RANA", língua indígena, que significa “à maneira de”.

São nove contos .A grandeza dessas produções narrativas não está apenas presa ao cenário, ou à linguagem, mas à riqueza da experiência humana traduzida através de personagens que parecem, em certos momentos, vencer suas fraquezas humanas para entrar para a galeria dos mitos e heróis do sertão. Dentro desse mundo regional, a paisagem integra-se ao homem, delirando junto com ele (Sarapalha), servindo de itinerário sensorial à sua cegueira (São Marcos), servindo de caminho e descaminhos (Duelo), mostrando seus avisos e perigosos (O Burrinho Pedrês) bem como instrumentalizando, através do trabalho, a possibilidade de ascensão ao plano do divino (A hora e vez de Augusto Matraga). O processo mimético (imitativo) atinge a perfeição meticulosa, recriando detalhes insignificantes da natureza sentido de capacitar a universalização, ou seja, de inventar uma outra natureza além espaço natural e emprestar ao cenário das Gerais características universalizastes.

Não são esquecidos os valores espirituais do matuto mineiro, que se igualam e traduzem os valores comuns aos homens de qualquer espaço ou tempo, consagrando a travessia humana pelo viver. As crendices deixam, assim, seu espaço restrito para tocarem a intuição universal de uma fé que ultrapassa fronteiras, colocando os sentimentos religiosos como de uma cadeia universal e metafísica, igualando os homens através de sua força interior circundando o pensamento da roça de que o destino inexorável nasce das atitudes humanas e da força diária empregada na sua condução.
Sagarana , compõe-se de nove contos, com os seguintes títulos:
- "O BURRINHO PEDRÊS"
" A VOLTA DO MARIDO PRÓDIGO"
"SARAPALHA"
"DUELO"
"MINHA GENTE"
"SÃO MARCOS"
"CORPO FECHADO
"CONVERSA DE BOIS"
"A HORA E A VEZ DE AUGUSTO MATRAGA"

Em O burrinho pedrês, primeiro dos nove contos, Guimarães procura mostrar, tendo como pano de fundo o mundo dos vaqueiros, que todos têm a sua hora e sua vez de ser útil. É o caso do burrinho Sete-de-Ouros: a gente segue a esperteza mansa do bicho, a sua finura de instinto e inteligência que o faz poupar-se, furtar-se a choques e maus pisos e, por fim, orientar-se e salvar-se numa cheia onde os cavalos afogam, carregando um bêbado às costas e ainda outro náufrago enclavinhado no rabo - ressalta Oscar Lopes.

O burrinho pedrês é uma estória que metaforiza a experiência da velhice, um burrinho experiente sabe se orientar onde cavalos de boa montaria sucumbem.

Neste conto, assim como em Conversa de bois e em A volta do marido pródigo, os animais se transformam em heróis, questionando o saber dos homens com o seu suposto não saber.

A ironia do escritor vale-se do decadente burrinho para pôr a nu a onipotência presunçosa do homem, que julga controlar o próprio destino, ignorando as inesperadas surpresas que este lhe reserva. A perspectiva místico-religiosa, a luta entre o bem e o mal, os riscos morais que acompanham o homem no perigoso ofício de viver, são os temas preponderantes que alimentam a ficção.
Sete de Ouro, é um burrinho já idoso é escolhido para servir de montaria num transporte de gado. Um dos vaqueiros, Silvino , está com raiva de Badu , que anda namorando a moça de quem Silvino gostava . Corre o boato entre os vaqueiros, de que Silvino pretende vingar-se do rival.

De fato Silvino atiça um touro e o faz investir contra Badu  que ,  consegue domá-lo. Os vaqueiros continuam murmurando que Silvino vai matar Badu. A caminho de volta, este , bêbado , é o último a sair do bar e tem que montar no burro. Anoitece e Silvino revela a seu irmão o plano de morte.

Contudo, na travessia do Córrego da Fome, que pela cheia transformara-se em rio perigoso, vaqueiros e cavalos se afogam . Salvam-se apenas Badu e Francolim , um montado e outro pendurado no rabo do burrinho
.
O AUTOR
João Guimarães Rosa nasceu em Codisburgo (MG) e morreu no Rio de Janeiro em 1967. Filho de um comerciante do centro-norte de Minas, fez os primeiros estudos na cidade natal, vindo a cursar Medicina em Belo Horizonte.

Formado Médico, trabalhou em várias cidades do interior de Minas Gerais, onde tomou contato com o povo e o cenário da região, tão presentes em suas obras. Autodidata, aprendeu alemão e russo, e tornou-se diplomata, trabalhando em vários países.

Veio a ser Ministro no Brasil no ano de 1958, e chefe do Serviço de Demarcação de Fronteiras, tratando de dois casos muito críticos de nosso território: o do Pico da Neblina e das Sete Quedas.

Seu reconhecimento literário veio mesmo na década de 50, quando da publicação de Grande Sertão: Veredas e Corpo de Baile , ambos de 1956. Eleito para ocupar cadeira na Academia Brasileira de Letras no ano de 1963, adiou sua posse por longos anos. Tomando posse no ano de 1967, morreu três dias depois, vítima de um enfarte.

       Síntque Azevedo

Mary Shelley_Autora


Mary Wollstonecraft Godwin nasceu em 1797 e faleceu em 1851 deixando apenas um filho e várias obras publicadas, porém, é geralmente lembrada por uma única obra de grande sucesso intitulada; Frankenstein.
  Mary Shelley era filha de Mary Wollstonecraft, considerada uma das primeiras feministas e que, infelizmente, morreu dez dias após o nascimento da filha. “Ela ficou conhecida pela publicação das obras “A Reivindicação dos Direitos da Mulher (1792)” e “ Os Erros da Mulher". O pai Mary Shelley, William Godwin, era jornalista, escritor e teórico anarquista, considerado o precursor da filosofia libertária.    
  Segundo a história, Mary e Percy Shelley, Claire Clairmont e Lord Byron estavam em mais uma de suas reuniões quando Byron propôs a Mary que escrevesse a mais terrível história que pudesse. Encorajada por Percy, um ano depois Mary publicaria sua obra intitulada "Frankenstein, ou Moderno Prometeus" (título completo) .
  Ao contrario do que muitos podem afirma, Frankenstein não e uma história de terror.
  Algumas obras de Mary Shelley foram "Faulkner" (1937), "Mathilde"(publicada em 1959), "Lodore" (1835), "Valperga" (1823) e "O último Homem"   (1826), considerado pela critica como sua melhor obra e que teve grande influência sobre a ficção científica.

                                                                               Thaymara Cardoso

Frankenstein

 Conta a história de um adolescente autodidata, muito talentoso Victor Frankenstein, onde desde a juventude se interessava pelas ciências naturais.
  Victor tinha como irmã adotiva Elizabeth e Henry Clerval como seu melhor amigo.Aos dezessete anos, foi para a universidade onde começou a se interessar em descobrir os mistérios da criação, e após muitos estudos  Frankenstein encontra os segredos da geração da vida e dedica anos na criação de um ser humano.Só que após a criação, ele não gosta do resultado de seus longos trabalhos e larga sua criação de lado, o abandonando.
  Meses depois Frankenstein recebe a nóticia de que seu irmão mais novo tinha sido assassinado e logo desconfia do monstro criado, mesmo a culpa indo para uma criada.
  Ao escalar o Monte Branco o Doutor Frenkenstein e encontrado pela sua criatura, que conta sua história de como fugiu do laboratório e foi maltratado pelos seres humanos, vivendo assim escondido e sozinho.
  O monstro conta que assassinou o irmão de seu criador e depois incriminou a criada.Sua criação então exige que Frankenstein crie uma fêmia para lhe fazer companhia, e que só assim ele deixaria todos em paz. E que ao contrário ele iria atormentar a vida de Frankenstein, fazendo então com que o Doutor aceitasse o acordo.
  Frankenstein fica noivo de Elizabeth e vai comprir seus acordos. Porém com medo de criar outro monstro que poderia trazer várias consequência para a raça humana , ele decide sofrer as consequências de seus próprios atos sem causar mais problemas.Então destroi a criatura que ainda estava sendo construida.
  Ao saber de tudo, o monstro jura vingança a Frankenstein, primeiro assassina o seu melhor amigo Cleval e depois sua recém esposa Elizabeth.
  Victor diante desses acontecimentos jura vingança e passa a perseguir a criatura que o leva através de uma longa caçada em direção ao Norte, seguindo pelos mares congelados , onde são encontrados derrepente por um capitão de navio, e Frankenstein já bastante doente acaba morrendo.E o capitão do navio se surpreende ao ver a criatura chorando diante do corpo de seu criador.A criatura então promete nao cometer mais nenhum crime e comete suicidio.
                                                                          Thaymara Cardoso